Olho para o infinito...
Bate-me uma saudade daquela praça.
Saudade de observar a conversa muda.
Aquele conjunto de sinais me imobilizava.
Parava, e olhava por horas.
Mesmo sem saber decifrar ao certo,
eu admirava.
A seqüência dos gestos me fascinava.
Com o tempo eu entendi seus significados
Compreendi que o que importa, verdadeiramente,
é enxergar a linha.
Linha que liga o próximo e o distante.
Uni a noite e o dia.
Aproxima a luz e a escuridão.
Estabelecendo aproximação.
Entre as palavras mudas e as sonoras.
Entre o meu mundo e resto de tudo.
O concreto e o abstrato permanecem juntos.
{Ouvindo: Scarceus – Sem heróis}