No meio das minhas alucinações amorosas posso sentir uma ponta de prazer alinhada a dor do longo devaneio que me feria.
Janaína de Souza [Vulgo Nina]
Imagem retirada da internet.
Posto essa frase com muita satisfação, uma vez que a mesma foi ganhadora da promoção do blog Alucinações Amorosas que teve como prêmio um livro do Mário Quintana.
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Aproveito a oportunidade para desejar a todos um Natal de luz e um Ano Novo com saúde e de grandes realizações!
24 de dezembro de 2009
Alucinações
17 de dezembro de 2009
Gotas de sonhos
Vi o sol se pôr!
As nuvens que cobriam meu chão
eram todas de algodão.
Nas manhãs eu flutuava.
Pintava a minha verdade
com pequenas gotas de doces sonhos.
Dançava
e me escondia.
Então eu escrevia:
Lua pode subir. Teu caminho sei que precisa seguir.
Estrelas guiem-me na escuridão.
Janaína de Souza [Vulgo Nina]
Imagem retirada da internet.
8 de dezembro de 2009
Insônia
Um vago instante de insônia que aquece e protege, me envolve feito cobertor. Descubro-me, porém, pra fitar a minha história por entre o buraco da fechadura. Vejo uma imensidão de sentimentos, todos pulsando desordenadamente.
Eu realmente queria entender o que se passa, pra decifrar esses mistérios que fazem parte de mim e me rodeiam. Mas descubro quase sem querer que não me conheço, que não sei quem sou.
Contudo, sei que você também não sabe, logo, seria inútil gritar socorro.
Janaína [Vulgo Nina]
Imagem retirada da internet.
2 de dezembro de 2009
Parte de mim
Te carrego junto de mim.
Não vejo o tempo passar,
ele parece se arrastar.
Eu preciso de você
pra me sentir segura.
Será que é egoísmo querer
te ter o tempo todo comigo?
O teu cheiro me segue.
Sinto o teu perfume, que me enche de luz.
Cada passo teu é uma marca no meu caminho.
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Poema: Janaína [Vulgo Nina]
Imagem retirada da internet.
27 de novembro de 2009
Nada
O que será a ausência de sentimento?
O que é o nada?
O que você é por dentro?
Quem é você quando as luzes
do dia se apagam?
Imagine um quarto vazio.
Imagine VOCÊ, vazio.
Consegue se enxergar dentro do quarto?
Mas e através de você mesmo?
O que vê?
Um quarto
um corpo
vazios
vazio.
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Poesia: Janaína [Vulgo Nina]
Imagem: Retirada da internet
13 de novembro de 2009
Transcendental
Eu só queria olhar nos teus olhos por um minuto,
pra tentar entender a magia que você usa pra me prender.
Mas percebo,
que vai além do que os olhos podem ver.
Em você eu me encontro.
Tenho abrigo e me sinto forte.
Cravei no teu peito uma parte de mim que quer te pertencer.
O meu, já não tem espaço pra nada mais.
Poesia: Janaína [Vulgo Nina]
Imagem: Retirada da internet
30 de outubro de 2009
Espelho
quebrou-se
em pedaços de luz.
.
Por um instante
os vi fugir de mim...
Silenciosamente os toquei.
Cada parte que brilhava
eu juntava.
E cada canto de escuridão
eu preenchia com sopros de brilho.
.
Até que vi,
um pequeno resíduo de sangue
escorrendo entre meus dedos.
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Desabafo (poesia): Janaína [Vulgo Nina]
20 de outubro de 2009
Conexão
Imagem: Retirada da internet
6 de outubro de 2009
Vício
25 de agosto de 2009
Cotidiano
.....Sempre ouvi falar que quanto mais idade, mais experiência se adquiri; posteriormente mais maturidade, sucesso, segurança, enfim, os objetivos antes traçados rumo a dita felicidade são alcançados. Logo, há mais punho para encarar as situações que nos são apresentadas no decorrer da vida, e assim quem sabe, o amadurecimento ajude a tirar as pedrinhas que surgem durante o caminho. E enfim, "felicidade completa".
.....Mas vejo o contrário de tudo isso. Vejo indivíduos realmente frágeis, tão frágeis que se contradizem. Eles são engraçados! Não importa a idade, quando o assunto é "escolha", eles acabam se mostrando inseguros e vulneráveis. Trinta, quarenta, cinquenta anos? Realização? Pode ser um blefe!
.....Muito tempo na internet, horas extras no trabalho, noites perdidas pra ganhar tempo, a armadilha do corpo feito, um mundo doido lá fora querendo mais do que se pode dar, mais do que podemos dar. Nos doamos demais, nos perdemos e perdemos a vida para o sistema.
Seria isso um problema da sociedade comtemporânea? Muito trabalho, muito estudo, muita correria e pouco/nada muitas outras coisas? Dentre elas a maturidade de andarmos com nossos próprios pés pra levarmos a vida como queremos? Talvez... Mas de fato uma pena! Vivemos em uma sociedade que exige tanto que acabamos esquecendo de nos impor.
.....Buscamos com enorme proporção o dito sucesso, renunciamos um mundo a nossa volta, e acabamos nos perdemos em meio esse planeta de informações. Até que o equilíbrio passa a não fazer mais parte de nós.
.....Hoje vejo a vida como uma linha ilusória, o real andamento das relações é outro. É como um labirinto, com um caminho estreito e fantasioso...
Pensamentos contrapõem com a realidade, de fato, ela nua e crua é muito dura. Perder pra se encontrar é necessário, se não, encarar tudo isso fica ainda mais árduo.
Abstrair é preciso!
Artigo: Janaína [Vulgo Nina]
9 de agosto de 2009
Alone
1 de agosto de 2009
O sol de todas as manhãs
e fico na janela pensando o que escrever.
Todas as manhãs fico a sua espera
como se fosse a primavera.
Sol nascente
sol poente
quero te encontrar.
Até você raiar e no outro
dia te encontrar.
Já é tarde você está sumindo,
e a lua aparece...
Que lindo.
Já estou sonhando
quero que amanheça
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Palavras escritas pela dona do blog quando criança, (12 anos) no ano de 2001.
[Imagem retirada da internet]
1 de julho de 2009
Mentiras sinceras
Sim, ele me ligou!
Foi até mim e
me abraçou forte.
Chorei em silêncio e
me escondi
por trás dos seus olhos.
Disse-me todas aquelas
mentiras sinceras.
Do jeito que só ele sabe.
I know. Eu bem que gosto.
Elas sempre me interessam.
Baby,
“Volta pra mim?”
Sim eu volto.
“Dessa vez é pra sempre?”
Você sabe que sim.
Mas é o MEU pra sempre!
E agora, sem regras.
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Desabafo (poesia): Janaína [Vulgo Nina]
Imagem: Retirada da internet.
{Trilha sonora: Legião Urbana – As flores do mal}
22 de junho de 2009
Mi-ra-gem
Surgia como um anjo.
Misterioso, abriu a porta.
Deixei-o entrar,
Tirou-me o ar.
Responda-me: “Almas existem?”
“Aquelas gêmeas?” respondeu,
olhando-me nos olhos e sorrindo.
Me assustou
e me encantou.
Tirou da minha noite o sossego
e trouxe-me o prometido.
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Poesia: Janaína [Vulgo Nina]
{Trilha sonora: Jack Johnson – Never know}
30 de maio de 2009
24 de maio de 2009
Vazio
Sabe quando a impotência toma conta?
Quando você não sabe pra onde ir?
Você deve saber.
Posso fazer um corte no meu peito,
posso te mostrar as feridas e
te mostrar como eu me sinto agora.
Vês?
Vazia!
Por completo.
Com um vácuo profundo!
Como nunca visto antes...
Agora,
encher-se de algo é preciso...
Mas eu queria que fosse de você.
Poesia: Janaína de Souza Roberto.
{Trilha sonora: The long Winters – Pushover}
19 de maio de 2009
Apego
Eu bebo aquele velho vinho
e te ligo pra dizer que a tua falta sufoca.
Escrevo-te uma poesia
e te faço amor.
Parece clichê?
Mas é que a tua voz me anestesia,
tuas palavras adentram ardentemente em mim,
e a tua presença? Ah, ela paralisa-me.
Eu aceito fechar os olhos
e falar-te de amor.
Mostro-te quem eu verdadeiramente sou,
sem máscaras nem compostura.
Poesia: Janaína de Souza Roberto
{Ouvindo: Luciana Melo – Sexo, amor e traição}
14 de maio de 2009
Descoberta
9 de maio de 2009
Preciso
Olha-me nos olhos,
penetra na minha alma e
desvenda os meus pensamentos.
Já conhece todos eles.
Os mais íntimos tornaram-se teus também.
Já é parte de mim.
Deixa-me ficar?
Pare um minuto!
Me dê o teu minuto!
Lhe dou os meus!
Preciso tocar o teu rosto,
beijar-te a boca,
e dizer que te amo.
Poesia: Janaína de Souza Roberto
{Ouvindo: Fernanda Takai – Must be talking to an angel}
28 de abril de 2009
Prazer
Uma noite inexplicavelmente quente.
Perfeita pra dois corpos que transpiravam fogo.
Eu te sentia e te queria
como há tempos não acontecia,
como há tempos eu não me permitia.
Entorpecia-me de prazer
e de euforia.
Como eu sempre desejei,
acho que encontrei!
Perdia-me no tempo
Não existiam horas.
Nada que me prendesse
e me impedisse de voar.
Nos teus beijos
encontrei o refugio e
perdi o controle!
Descobri que a intensidade
vale mais que um longo período.
Descobri que perto de você
posso me perder
que logo, você ajuda eu me encontrar.
Janaína de Souza.
{Ouvindo: Stereophonics - Maybe tomorrow}
23 de abril de 2009
Dádiva
Sem querer e poder controlá-lo
paira sobre mim uma luz de serenidade.
Por alguns instantes eu ando por entre o arco-íris,
assobio com um beija-flor
e danço! Eu danço...
Sou eu mesma!
Sem medo,
sem pudores,
com meus desejos e amores.
Vivo a liberdade,
amo, de verdade.
É uma escolha que fazemos a cada dia.
Ser livre?
É pura Dádiva Divina do Criador.
Permita-se.
{Ouvindo: Nem parece – Mombojó}
17 de abril de 2009
Palavras
chorei o que perdi,
pensando até em fugir.
Tentando reescrever compulsivamente
a história apagada pelo vento.
Digerindo hoje
o que me dissestes ontem.
Gerundiando para tentar absorver
seus ríspidos vocábulos lançados até mim.
Palavras descendo secas
por entre as linhas da minha garganta.
Amargando a boca e entorpecendo a alma.
Azedando e ferindo, calculadamente,
cada fração de mim.
{Postando ouvindo: Show Me What I'm Looking For - Carolina Liar}
10 de abril de 2009
Sofrimento ocasionado por duras palavras
elas tem o poder de destruir por um segundo
tudo que eu havia erguido há meses dentro de mim.
Queres que eu me afaste,
diz que é para o meu bem...
[Não consigo enxergar assim]
Vi-me afundar em uma lama movediça...
Uma lama de hipocrisia, egoísmo e desamor.
Sentia cada parte de mim se desfazer em agonia.
E foi essa dor no peito que me fez ver
o quanto eu gosto de ti.
Que me fez querer
te ter, cada vez mais perto de mim.
E é esse sofrimento que me faz ter a certeza
de que o que eu sinto por ti é real.
Com tudo,
eu aceito o desafio de lutar contra todos por ti,
por mais doloroso que seja.
1 de abril de 2009
Metade
Metade de mim se perdia
e a outra metade saia pra procurar
a parte que não mais me pertencia.
As vezes
era como se eu soubesse
o que fazer e não fizesse.
Noutras, fazia como se não soubesse.
Logo, eu vejo que a perca sempre me remete a um encontro...
27 de março de 2009
Espinhos
Quando me vi
já estava perdida por entre os espinhos.
Envolviam-me feito cobra.
Queria eu fugir!
Havia pétalas pelo chão,
pra evitar que o sangue manchasse
o pouco que de mim que permanecia vivo...
A minha alma.
Escorriam e encharcavam cada canto.
Afoguei-me!
...
Ajuda-me a secar o que restou e a
desencravar os espinhos?
7 de março de 2009
Sem título
O poeta insatisfeito se pergunta
a todo tempo o porque das coisas.
Dias, meses, anos, se passam
e a inquietação aumenta,
gradativamente, a passos curtos.
A busca pelo tudo se afirma em nada a cada dia.
A insatisfação é o combustível da busca pela felicidade.
27 de fevereiro de 2009
Angústia
uma nuvem de consternação.
Se olhares intensamente veras
que ela grita, repousa e fere.
Meu inconsciente passa a não responder.
Sinto-me afogar,
tu não me salvas.
Não há saída,
me deixo vencer pela
morte súbita do meu ser.
{Ouvindo: Carla Bruni - Quelqu'un m'a dit}
18 de fevereiro de 2009
Inversão de idéias
O silêncio que sufocava
parecia falar dentro de mim.
Aos poucos, tornou-se um não.
A poesia dos teus olhos?
Era sem sentimento
Os sons da tua boca?
Eram sem acordes.
Idéias inversas.
Inversas idéias.
Anestesia.
Distanciei-me.
Foi como apagar do céu as nuvens,
como sugar das estrelas o brilho.
O oculto que havia se tornado verdade dentro de mim,
Desapareceu,
como um sopro no meio do vendaval.
{Ouvindo: Renato Russo e Adriana Calcanhoto – Esquadros}
-Photo by me.
5 de fevereiro de 2009
Impotência
O que sentir?
Se até pensar se torna doloroso.
A imaginação? Transforma-se em uma mera linha ilusória,
não liga nada, miragem.
Eu me calo, na esperança de ouvir um sussurro.
Afasto-me, esperando que você venha ao meu encontro.
Tudo isso pra tentar encontrar um sorriso,
Apenas por um instante? Rosto cada vez mais distante.
Tudo fora do lugar.
Sentido? Em qual direção?
Não há!
Propõe-me juntar as peças,
mas esqueceste de me avisar onde elas estão.
Aqui, é uma completa escuridão.
29 de janeiro de 2009
Aqui estou
Reprimia a repressão.
Olhava pela fechadura e me imaginava do outro lado.
Liberdade? Igualdade?
Apenas a busca. Fuga!
Correr.
Gritar, protestar... Ou, apenas ficar.
Minha vida eu daria.
Liberta-me,
Busca-me.
Aqui estou!
Não lhe vi.
Saí e caí naquele abismo.
Escrevi o que eu queria apagar,
apaguei o que eu queria ter registrado e
perdi o que escrevi.
Oras, o que deseja?
Você se perde no túnel do medo.
Pelo menos se faça presente.
{Ouvindo: O Teatro Mágico – Xanéu nº.5}
21 de janeiro de 2009
Algo mais?
Você ainda precisa me dizer algo?
Estou indo embora e preciso fechar a porta.
Porta que sempre esteve aberta,
mesmo nas viagens mais longas, lembra?
Eu partia e...
Lá estava ela. [aberta]
Não dessa vez.
Lembra quando eu disse que abriria apenas para o novo?
Pois é, ele chegou...
E sorriu pra mim dizendo:
“Essa rosa é pra você, essa é a sua vez”.
Algo mais? Eu realmente preciso ir.
Você não sabe o quanto era doloroso...
A estrada era longa demais e esse dia parecia nunca chegar.
Não deixarei escapar. Não!
Preciso ir.
As chaves? Oras, fiz questão de perdê-las.
Adeus.
{Ouvindo: Jamie Cullum – High and dry}
15 de janeiro de 2009
As vezes
Certa vez, me perguntaste:
“Gosta de mim?”
Respondi:
“Oras, que pergunta. Gosto de gente!”
Queria que tu fosses diferente do resto do mundo.
Queria que não se preocupasse em perguntar.
Queria que pudesse apenas sentir...
Queria ter a certeza de que ficar perto bastasse.
As vezes me confundo.
Gosto e desgosto.
Pergunto e não consigo responder.
Mas é só as vezes!
Todas as outras sou uma menina forte...
Que não se confunde, que não gosta, pergunta e,
responde sem medo.
Deixa assim ficar, segredo meu e seu.
{Ouvindo: Marcelo Camelo & Mallu Magalhães – Janta}
11 de janeiro de 2009
Solidão
E assim é.
Só!
É estranho e dói.
Tarde de domingo no quarto.
Os assobios e aquele velho filme,
que insiste em rodar.
Meu mundo,
minha escolha.
Doce e amarga.
{Escutando: Marcelo Camelo – Doce solidão}
4 de janeiro de 2009
Tempo
É preciso tempo,
tempo que é preciso.
Tempo pra pensar.
Tempo pra aceitar.
Respirar fundo é preciso.
Sentir tocar no rosto o vento que sopra,
pra perceber então, que só não estou.
Aprendo e carrego comigo a esperança
de não precisar respirar pra sentir.
{Ouvindo o vento soprar e a chuva cair lá fora}
-Happy new year guys!