Esse quarto bilhete é pra você, Clarice, que andou sumida por um tempo e resolveu aparecer na última quinta-feira. Fiquei surpresa com a sua chegada, ainda mais com a sugestão que me destes: falar sobre o OTIMISMO. Não sei porque, mas a ideia de escrever sobre o dito 'sentir-se satisfeito com o que o universo nos dá', talvez, soe como algo do tipo “auto-ajuda”. Todavia, acredito que queres tirar de mim mais do que isso. Pois bem, aceito o desafio! Afinal de contas, a positividade é um estado de espírito, não é?
Parece que adivinhou o meu sentir, Clarice. É curioso porque eu sei que as coisas não são e nunca serão fáceis pra mim, nem pra você, nem pra ninguém, mas por vezes, sinto-me pequena demais nessa terra de gigantes. Confesso, em contra partida, que por trás da impotência que sinto, há um sentimento que me levanta, me sacode, não me deixa cair e me impulsiona a seguir em frente. Nas tentativas de superação dos dias traiçoeiros que parecem massacrar, tenho usado como arma, uma estranha esperança de dias melhores. Seria o otimismo esse navegar contra a maré?
by Nina