DESAPEGO

(Imagem retirada da internet)

Era uma manhã de quinta-feira.

Fiquei alguns minutos olhando para a minha estante... Para os livros lidos e os muitos não lidos...

Há aqueles que quero muito ler e aqueles que realmente não tenho pretensão de degustá-los. Dentre eles, alguns da coleção "Os Pensadores" que devem ser incrivelmente interessantes por falar de variados nomes da filosofia, mas que sinceramente não penso em lê-los pelas dezenas de outros que estão na frente e me apetecem muito mais.

Um dia antes, na casa espírita que eu frequento, disseram que havia um homem pedindo livros para vender no intuito de arrecadar dinheiro para abrir uma casa em uma cidade distante. Logo, vieram esses livros da coleção na minha mente e outros mais.

Na quinta-feira de manhã, após pensar um pouco, separei nove livros da tal coleção para doar. Tirei-os da estante e deixei-os ali, separadinhos na minha cômoda. Passaram-se alguns minutos e recebo uma mensagem dizendo que eu havia ganhado um Box da Agatha Christie. Coincidência?

Não, eu não quero que pensem: "Ah, Janaína, vou doar cinco livros (com aquela dorzinha no coração) e esperar para ganhar outros no mesmo dia", ou então, "Ah, eu doar meu livrinhos queridos? JAMAIS". Mas eu resolvi compartilhar essa situação porque eu realmente acredito que o desapego promove esse tipo de acontecimento, sabe? Acredito que você precisa tirar o velho para o novo entrar; que não faz sentido nos apegarmos tanto a bens materiais; e mais: não doe nem faça nada querendo algo em troca. Tudo é energia!

Em dezembro do ano passado fiz um post intitulado Esqueça um Livro na Porta de Casa e algumas pessoas comentaram dizendo que haviam feito algo parecido, outras que tinham vontade de fazer, haviam aquelas que se diziam muito apegadas aos livros, etc.

Penso que talvez a palavra do meu momento seja DESAPEGO. Não só materiais como também de sentimentos ruins. Desejo que vivamos um mês, um ano, uma vida de desapegos. Desapegos morais e materiais. Espero, de verdade, que sejamos como a menina da ilustração, que mesmo gostando muito da sua pipa usou uma tesoura para cortar a linha que a prendia e então deixou-a voar.

Por Nina

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